Je suis excessive.J'aime quand tout accélère,quand la vie s'exhibe,C'est une transe exquise(ouais!).C'est là que j'existe.Mmmm, pas d'excuse ! Pas d'excuse !

"Se os gatos saem... "

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dizem que animais de estimação fazem bem pro crescimento da criança. Estimula o cuidado,a atenção,dedicação,além de ser um ótimo companheiro,claro. ( Principalmente se tratando de crianças que só começaram a ter um contato social de verdade com outras crianças a partir dos 6 anos,que não conseguia manter uma conversa que fosse mais longe de "sim","não" e acenos de cabeça e cujo o melhor amigo era o seu avô,o único que topava brincar de carrinho e depois de novela mexicana,além de outras invenções mirabolantes que uma insana mente infantil pode ter - Finge que não é comigo-). Pois bem. Eu,como uma criança muito ativa,sociável e feliz (depois dos 6 anos,que fique claro),tive 4 gatos. Sim,QUATRO. Claro que em tempos diferentes. Já nasci com a companhia de um felino,o Amarelinho,gato cujo minha irmã tinha um paixão incondicional,dizendo que ele era tão companheiro que chegava ao ponto de ficar resfriado junto com ela.
Amarelinho,pobrezinho,morreu picado por uma cobra. (não,eu não morava no interior. - Venda Nova não conta,né?!)

O segundo foi o Tom. Presente do meu pai pra minha irmã,pra ela superar a dor da perda do seu companheiro de resfriados. O gato era IDÊNTICO ao outro e ela queria dar o nome de "Amarelinho" pra ele,mas claro,ninguém em casa concordou. Daí pediram pra eu batizar o bichano e eu,no alto da minha criatividade infantil,dei o nome de "Tom". Tom foi o que teve a vida mais feliz. Depois que mudamos do nosso apartamento maior,ele foi pro sítio do meu avô. Lá viveu à base de iogurte,carne de porco e de capturar passarinhos. Ficou tão gordo que não conseguia sustentar a própria barriga e morreu de velhice.

O terceiro foi a Pêrola. Persa,linda,do olho azul e com patinhas pretas. Presente que o namorado da minha irmã deu pra ela no segundo aniversário de namoro (parei de contar os aniversários aí). Eu devia ter uns 7,8 anos e achei o máximo,claro. Só que a Pêrola tinha uma pequena peculiaridade- era macho. Viemos a descobrir só uns 2 meses depois,quando cresceu algo que não devia estar ali em fêmea nenhuma. Daí,pra não ferir a masculinidade do gato,mudamos o nome para o original e imprevisível "Pepê". Esse gato também teve uma história meio triste. Ele adorava ficar na janela do nosso apartamento olhando o movimento da garagem e um dia,eu como pobre criança inocente e espevitada,apareci de fininho e dei um susto no gato. Pra quê. Quando eu vi,ele tinha caído do 3º andar. Pensei logo de cara "putaqueopariu,minha irmã vai me comer viva". (tá,claro que eu não pensei isso. Aos 8 anos eu não conhecia esse tipo de palavrão. Só "caralho",que eu achava ser sinônimo de "caramba" e resolvi repetir efusivamente pra todo mundo ouvir em pleno Natal de 1998,deixando toda a família em choque. Óbvio que meus tios não ficaram tão alegres quanto eu de compartilhar comigo minha nova palavrinha mágica. Mas isso é outra história)
Depois do acidente trágico,Pepê surpreendentemente volta pra casa uns vinte minutos depois,sem um arranhão e com aquele andar esnobe que ele sempre teve. Isso que me levou a pensar que gatos realmente podiam ter sete vidas. Pensei até em assustar o gato mais algumas vezes,mas não era tão peversa assim. O máximo que consegui foi brincar com minha prima de volêi usando ele como bola. Não via nenhum problema nisso. Só não sei o gato...

A terceira foi a Kate. Era o primeiro gato que EU tive,então queria caprichar no nome. Como ainda estava naquela febre de "Titanic",resolvi homenagear minha ídola da época,Kate Winslet. Claro que não foi nem um pouco original. Também,nem precisava. A gata desapareceu uma semana depois. A encontrei na oficina de frente ao meu prédio.Foi aí que eu descobri que ela já tinha dono (o seu Toninho da oficina) e eu devia ser tipo,a terceira pessoa que adotou a gata achando que não tinha dona,até ela voltar semanas depois pra oficina. Eu acho que não nasci mesmo pra ser dona de gatos. Enfim.

O último foi um filhotinho que a Aline me deu. Briguei até minhas últimas forças pro gato ficar comigo e como minha insistência vem da infância,eu acabei vencendo pelo cansaço. Meu primeiro gato,MEEEU mesmo. Mas minha irmã quis escolher o nome,falou que eu não tinha criatividade pra nomes (fato) e que os dela eram muito melhores (não). Foi assim batizado então,como TCHUTCHUCO. (sim,furacão 2000,Bonde do tigrão em alta,aquela coisa toda.) O gato ficou com a gente menos de um ano. Ai,não gosto nem de lembrar. Essa sim,foi uma morte trágica. A gente morava em cobertura e o gato adorava se enfiar pra baixo da piscina. Era lindo ele fazer isso quando filhote. Mas o gato era burro,começou a ficar gordo e continuava insistindo em entrar lá embaixo. Resultado: ele já não conseguia mais passar pelo seu compartimento secreto de menos de 15cm de espessura,e ficou entalado lá dentro. Por dias e dias. Tantos que a gente já bolava hipóteses:
todos: "Coitado do gato. Não aguentou a vida solitária trancado na cobertura e suicidou."
eu -pra minha irmã: "Também,ninguém mandou você dar esse nome horroroso pra ele".
todos:"Ele deve ter pulado.Ou caído..."
eu: "Não! se ele tivesse pulado,teria sobrevivido e voltado".
minha irmã: "Como você sabe?"
Eu: "..."

Por fim,uma semana depois minha amiga Ana e eu estávamos brincando na piscina e ela escuta uns miados baaixos,fracos. Era ele. Batata! O dito-cujo estava lá,preso debaixo da piscina. Meu pai tirou ele de lá. Devia estar há dias sem água e comida,tadinho. Demos um tratamento todo especial pra ele,com direito a ficar lá embaixo com a gente,na caminha quentinha e tudo mais. Eu,desesperada,sugeri: leva ele no veterinário! Foi aí que o desastre começou.
Segue o diálogo.

Pai: - Não,não precisa... ele vai sobreviver.
Mãe: Ai Afonso,não sei não hein... acho melhor levar. Lembra o que aconteceu com a Suzete?
Minha irmã: "Ai,tadinho do Tchutchuco!"
Eu: "Por favor,dá pra parar de chamar ele assim? Papai,acho melhor levar no veterinário!"
Pai: "Não,espera aí... eu vou dar um jeito."

Minutos depois,meu pai volta com uma Aspirina. (!?)
- Isso deve adiantar. O gato tá fraco,deve estar com doente,quer coisa mais eficiente pra doença do que Aspirina?!

Fui pra casa da Ana. Meia hora depois eu volto. Tchutchuco tava lá,coitadinho,mais frio que presunto.
É,uma coisa eu aprendi: Aspirina NÃO é a cura pra todo mal. Principalmente quando se trata de gatos doentes.

Hoje eu tô meio traumatizada de ter gatos (como deve ter dado pra perceber). O único que eu teria é um persa peludo,cinza,pra ficar deitado na cama comigo o dia todo.Um gato só pra comer e dormir. E gordo,muito gordo! Meu namorado é alérgico,achou a idéia péssima. Minha mãe então,nem se fala. Aliás,todo mundo rejeita essa idéia quando eu falo. Já vi que eu vou ter que arrumar um bichinho alternativo. Pequeno,simpático e principalmente,que não dê trabalho.
Já pensei em algumas alternativas: que tal... ratos?
Se forem que nem esse,eu nem reclamaria!



e talentoso ainda por cima! Quem não quer?!

2 comentários:

nanda rossi disse...

Ouuuuuuuuuun! (tanto pro ratinho quanto pro seu comentário) Me diverti horrores com seu post, infelizmente só tive uma cadela de estimação e foi por pouco tempo. Hoje "monopolizei" o cachorro do meu primo, o Zig, e quando ele for embora eu nem sei o que vai ser de mim! Mas ok, e ah, você já éparte dessa nova Nanda, ok? Beijocas!

Thay disse...

Sempre quis ter gatos, mas tenho alergia. Há tempos li em uma revista que um gato anti-alérgico havia sido "produzido" em um laboratório. O preço do gato dava para comprar um carro.