Se eu fosse eleger pelo menos uma frase que me caracterizasse,seria essa. Eu busco sempre fazer tudo aquilo que me dá prazer,independente de que isso esmague meu tempo para outras coisas. Aprendi na marra que a vida é curta.E imprevisível. Hoje você pode ter tudo,amanhã pode ser a sua hora de ir embora. E se uma oportunidade boa bate à minha porta,meu amigo,eu não a deixo escapar.
Sou mesmo intensa,passional,tenho fome de viver cada segundo como se fosse o último. Não tem jeito!
É de acordo com essa "filosofia de vida" que tomo as minhas decisões.E como não seria diferente,foi assim que eu decidi fazer duas faculdades.Ao mesmo tempo.
Sempre gostei de ler,escrever,coisa e tal. Na escola,eu era aquela aluna que tirava boas notas nas redações e a professora as lia em voz alta,me mantando de vergonha. Em Matemática,eu era literalmente um zero à esquerda. Talvez por isso eu sabia que nunca ia querer trabalhar com exatas. Mesmo que meu destino por isso fosse ser pobre pra sempre. Pra mim,isso não importava- e ainda não importa.
Mas naquela época era diferente. Quando me perguntavam "o que eu queria ser quando crescer",a resposta vinha na ponta da língua: 'quero ser poeta'. Ainda que isso cause risos hoje em dia,meu sonho era viver de escrever e escrever pra viver.Mais nada!
Quando adolescente,percebi que a hora de viver estava chegando. Os sonhos utópicos deveriam ficar pra minha mente infantil,que já era passado.
Daí,quis ser jornalista. Não repórter,não apresentadora de telejornal (que é o sonho da maioria) mas sim escrever aquelas crônicas de última página de jornal.Depois,fui me apaixonando por fotografia,por edição,por vídeo,mas mesmo assim,ainda queria viver escrevendo.
(Ainda teve a fase que fiz teatro,me apaixonei irrevogavelmente e pensei seriamente em fazer Artes Cênicas.Mas isso fica pra outra história.)
Mas enfim... percebi que tanto para ser escritora,quanto para ser cronista,eu precisava de ter alguma experiência. E percebi também que eram áreas muito restritas para o leque de profissões que eu podia seguir. A hora do vestibular já estava chegando. Foi o tempo em que avaliei todos os cursos,um por um até que enfim escolhi os que mais tinham a minha cara.
É. Foram dois. Letras,que só pelo nome já diz: é tudo aquilo que eu sempre gostei,em toda a minha vida.E jornalismo,que eu já queria desde muito tempo,mesmo que indiretamente,mesmo sem saber.
Tentei as duas,passei nas duas,uma pela Ufmg,outra pela Puc.
E agora?! Não tinha como largar uma. Seria como arrancar um pedaço de mim. Por mais que eu me apaixonasse por uma,ia sentir a falta excruciante da outra.Eu sabia disso.
Fora que era uma oportunidade única.As duas sairiam de graça para mim. Só que eu tinha apenas cinco anos para concluir as duas.Ou seja,teria que fazer as duas ao mesmo tempo.
Fiz um semestre na Puc no início de 2008,tranquei. Depois entrei no segundo semestre na Umfg.Resolvi me dedicar a ela.E não me arrependo. Foi uma paixão avassaladora. O curso parecia moldado em tudo aquilo que eu sempre sonhei! Lá poderei aprender várias línguas,aperfeiçoar meu Inglês,me dedicar à paixão pela Literatura... hoje até cogito seriamente a hipótese de dar aulas,coisa que antes só de pensar,me dava nos nervos.
Fora os amigos maravilhosos que eu fiz,os professores excelentes...até meu amor eu achei lá dentro. (né,namorado? :)
Mas o encanto por Jornalismo ainda estava ali...adormecido,mas vivo.
E com o início de ano e todas aquelas metas que a gente faz,eu deixei como primeira meta de 2009 a seguinte:
- voltar à puc e fazer o meu curso de jornalismo.
Mas eu vou tentar.
É claro que vou.
Como disse,eu agarro todas as oportunidades com unhas,dentes e o que mais for preciso.
Fazer o quê?!
Eu tenho é sede de viver.
Um comentário:
Damy, estou vivendo exatamente a mesma dúvida que você :)
E, apesar de decisões difíceis, a 'sede de viver' é maior, mais intensa e é uma chama.
Tem um selo no meu blog para você, certo?:)
Beijos e boa sorte :*
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